14 de fev. de 2012

Balada da desilusão















Quando acreditava
naquele
amor
que
nun
ca
ve
i
o


Nada fiz
e não fui
a lugar algum


Eu piamente cria e acreditava
em amor à primeira vista
em amor conquistado
em amor chorado


Era presente para todo lado
E eu presente entusiasmado


Era sofrimento tresloucado
E bolso depois furado


Hoje nada sobrou
Nem amor
Nem dor





e
u



Dedico ao Frederico Barbosa, pois copiei o formato dele, que por sua vez, copiou dos concretistas.
Quem sabe me integro ao concretistas pós romanticos? risos.

7 de fev. de 2012

Ode ao calor das mulheres!

Tarde mais quente do ano?
Mal estar? Desconforto?
Puro engano!

Nesse abafado inconsequente
as mulheres, sempre elas,
se aproveitam para se apropriar
dos espaços e das mentes.

Vestindo saias ou vestidos (curtos ou longos, não importa)
desfilam pelas passarelas públicas com seus
Corpinhos, Corpões ou Corpaços
Deixando assim, nós, pobres homens
Totalmente desnorteados e fora de compasso!

5 de fev. de 2012

Nova Cracolândia e o acampamento da FLM no Centro de SP

Estava lendo a coluna dominical do Ferreira Gullar, que falava da Bossa Nova, do Concretismo e neo-concretismo, Botafogo, Vinicius quando um amigo mandou um SMS dizendo que estava aguardando o documento que fiquei de entregar para ele.


Apesar de ansiar pelo fim da história do poeta, desci e não quis mais voltar depois da entrega.


Saí mais uma vez a esmo pelas ruas do centro de São Paulo.
Talvez alguém me pergunte: mas de novo?
Tenho que admitir que estou prestes a deixar de morar no centro, e por algum motivo que certamente Freud explicaria se já não tivesse sido comido pelos bichos, essa sanha por andar  por esta região se abate sobre mim.


Ao sair, me deparo com o acampamento do FLM (Frente de Luta por Moradia) e ao passar vagarosamente pelo que parece uma baderna ou um bando de vagabundos como grande parte das pessoas e dos formadores de opinião imagina, vejo um ordem tremenda. As pessoas conversam sério ou riem, ouvem música (nada de Michel Teló ou o novo funk carioca, mas músicas "engajadas"), mas não vejo uma garrafa ou lata de cerveja ou bebida alcoólica alguma, logo, não há aquela fuzarca que vi ontem à noite na região da Joaquim Távora na Vila Mariana, onde se divertia parte da juventude de classe média e rica da região.
Que revolução haveria de os jovens das classes menos abastadas deixassem de beber, fumar e ver tanto futebol para se organizarem.... Não seria preciso criar um mito como o Lula, pois organizadamente, esse pessoal dominaria o país e faria a juventude com mais grana e que só se diverte a repensar seus modos de vida e valores, e quem sabe, estes não se uniriam aos movimentos e juntos todos lutariam pelo fim da corrupção endêmica e de parte das mazelas sociais que nos assolam.


Continuando o "passeio", segui em frente pela Avenida São João e subi o Minhocão pela rampa de acesso acima do povoroso terminal de ônibus Amaral Gurgel.
Do nada, me deparo com um morador de rua entrando no elevado saindo de um acampamento emprovisado ao lado e sigo em frente, acompanhado de vários andarilhos e corredores. Andando pelo Minhocão retorno à visão dos prédios outrora ocupados pela grã-finagem paulista até me deparar com um belo prédio certamente construído antes do famigerado: pintado de amarelo e rosa, agora é ocupado por um Motel (foto abaixo).


Percorro o percurso onde vários casais namoram sob alguns postes de luz queimados, vou até a Rua da Consolação e retorno.


Movido pela minha habitual curiosidade pego a Avenida Duque de Caxias e me dirijo para a Rua Helvétia próximo à Sala São Paulo. Ao chegar lá, realmente, a Cracolândia se mudou. Uma base móvel da Polícia Militar ocupa o local e vários outros veículos passam para lá e para cá....


Não satisfeito, começo a ziguezaguear pelas ruas da região em busca do novo ponto de venda e revenda da maldita até que cruzando a Avenida Rio Branco ouço um burburinho na altura da Rua dos Gusmões. Entro por ela e já me deparo com a muvuca localizada exatamente entre a Rua Guaianazes e a Alameda Barão de Limeira (pertinho da sede da Folha de S. Paulo). Quando chego e me aproximo sinto olhares estranhos uma agitação entre as pessoas que não era comum nos outros pontos quando eu chegava a passar no meio da feira livre.
De repente, um jovem com cerca de 20 anos grita: o que você quer? Não dou atenção e me retiro, mas meus pensamentos permanecem ali enquanto contorno pela Rua Vitória a nova Cracolândia a caminho da São João.


Já perto de casa passo pelo acampamento novamente e vejo o pessoal em estado de vigilância permanência, pois ao menor sinal de esmorecimento ou descuido é possível que sejam retirados de onde estão.

Catálogos eletrônicos de bibliotecas públicas


Segue rápida análise de catálogos eletrônicos de algumas das poucas bibliotecas públicas que os possuem (mérito delas) e as impressões iniciais, bem incompletas e repletas de brincadeiras que podem ser dinamitadas pelos colegas:

- Bibliotecas da cidade de São Paulo: visual pobre e pouca ou nenhuma interatividade. Para descobrir o endereço das Bibliotecas que possuem determinado livro é preciso sair do catálogo: um link no nome da biblioteca ou um script em que ao passar sobre o nome abrisse o endereço ajudariam.
Quando determinado livro está disponível em várias bibliotecas, duas barras laterais são abertas, principalmente se você utiliza um notebook ou netbook de tela de 14 polegadas. É um saco navegar em duas barras!
Em breve deve ser disponibilizada versão Web nova nos moldes das utilizadas nas Bibliotecas de Manguinhos e Niterói no RJ.

- Biblioteca de São Paulo: visual moderno, pesquisa tipo "google", informações básicas do livro (ponto contra, mas será que o usuário comum precisa de uma ficha catalográfica completa?!, enfim, um botão para ver ficha detalhada seria bem vindo!). A maior parte dos livros já está com foto da capa disponível e já é possível realizar a renovação de empréstimos via site!
Seria bacana ao invés de aparecer código colocarem localização do livro ou código de localização... sei lá!

- Bibliotecas de Santo André: falta "design" para o catálogo, parece tela de trabalho de analista de sistemas, aquele negócio todo quadradão! Mas o funcionamento é bom e isso importa muito.
Possui uma hemeroteca digital há vários anos. Deve ter sido pioneira aqui em São Paulo. Vale a pena pesquisar isso!

- Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul: poluição visual como resultado da busca, chama a CETESB (ou a companhia similar em terras pampas!)! Entretanto, a idéia é boa, bem similar aos resultados de pesquisa do SCIELO, entretanto, com mais cores. A velha, mas pouco utilizada por aqui, possibilidade de selecionar registro é bem vinda, além do famoso dispositivo de passagem de mouse que mostra o que significa determinada sigla.
Achei engraçado um texto enorme sobre determinado registro: Obra indisponível e um :( Informativo, mas hilário!!!! Pesquisem lá pelo livro Macunaima para ver!

- Bibliote Pública do Paraná: achei a Pesquisa Geral meio poluída, mas sem nenhuma estravagância, talvez essa tela devesse ter menos informação e deixar elas todas para uma Pesquisa mais específica.
A apresentação das obras encontradas é bem diagramada apesar de não mostrar as capas das obras.
No item Localização na estante há um Tipo de empréstimo denominado "Normal"... sou lerdo para entender o que significa, help me!

- Biblioteca de Manguinhos: simples e direto, evolução em relação ao catálogo utilizado em São Paulo. Como todos, precisa de alguns ajustes, pois a solução para a falta de endereço anterior leva a uma página com mapa do Google... acho um exagero também fazer tudo isso, basta um link para o Google Mapas e se a pessoa quiser clica. Parece um contra senso de minha parte, pois outra hora reclamei do número de cliques, mas neste caso, penso em acesso via Ipad, celular ou redes lentas, que podem demorar para abrir o mapa ou consumir bytes preciosos na conta 3G do pobre cidadão (meu caso!).

Bibliotecariada, ao invés de ficar fazendo levantamentos bibliográficos e afins, vamos fazer mais relatórios e pesquisas baseadas em realidades, desde que gestores de unidades de informação (chiquérrimo!) abram as portas para avaliações reais, sem esconder falhar e problemas e sem marketeirismo exacerbado.

Me diverti!